As investigações sobre a atuação da Ympactus Comercial Ltda. ME, conhecida por operar o sistema de vendas de VoIP (sistema de ligações telefônicas pela internet) e marketing multinível Telexfree, por enquanto estão restritas à Brasília. Procurados pela reportagem, órgãos como o Ministério Público do RN (MP-RN) e o Ministério Público Federal no RN (MPF-RN) afirmaram, por meio de suas assessorias de comunicação, que não abriram procedimentos de investigação a respeito da atuação da Telexfree no estado, embora o negócio já envolva 75 mil potiguares.
A pedido do Ministério da Fazenda, que emitiu nota técnica através da Secretaria de Acompanhamento Econômi co demonstrando a possibilidade de prática do esquema de pirâmide financeira, o MPF e a Polícia Federal deverão investigar o caso. A 3ª Câmara de Coordenação e Revisão (Consumidor e Ordem Econômica) da Procuradoria Geral da República será a responsável pela investigação. A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça também investiga a empresa TelexFree, que se apresenta como fornecedora de serviço de voz pela internet.
Neste domingo (17), o NOVO JORNAL trouxe a informação de que a Polícia Civil potiguar e a Superintendência Regional da Polícia Federal também não devem investigar a Telexfree. A Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) do RN também não registra qualquer procedimento. A reportagem também mostrava que a empresa possui 75 mil potiguares integrando a sua rede. O Brasil inteiro teria cerca de 540 mil “divulgadores”, como são tratadas as pessoas envolvidas com a empresa.
De acordo com o advogado Horst Fuchs, representante da empresa com sede em Vitória (ES) e que teria origem nos EUA, a Telexfree não praticaria a pirâmide financeira, que é crime contra a economia popular. Segundo os valores de investimento mínimo que cada pessoa precisa para se tornar um divulgador, em torno dos R$ 580, a empresa já teria movimentado cerca de R$ 43,3 milhões desde a sua instalação do estado, no primeiro semestre de 2012.
fonte:
https://www.novojornal.jor.br/_conteudo/2013/03/economia/9064-mpf-e-mp-no-rn-nao-irao-investigar-empresa.php